Secretário de Relações Internacionais representa UFSC em missão de universidades brasileiras na Nova Zelândia – Parte 1

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P1040322A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), representada pelo Secretário de Relações Internacionais Prof. Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, está participando de uma missão oficial de oito universidades brasileiras (UFMG, UFPE, UFPR, UFRJ, UFSC, UNB, UNESP, UNICAMP) a oito universidades neozelandesas, a convite do governo da Nova Zelândia.

Foto: Representantes das universidades brasileiras assistem exposição sobre as pesquisas da Auckland University of Technology (AUT).

O objetivo da agência governamental neozelandesa, Education New Zealand, é aproximar as melhores universidades brasileiras com suas universidades, com a finalidade de torná-las conhecidas e atrair estudantes pelo Programa Ciência sem Fronteiras (CsF). Tem, também, o objetivo de estabelecer parcerias, celebrar convênios e colaborações de longo prazo. As áreas de Artes, Humanidades, Letras, Educação, entre outras fora do Programa CsF também estão sendo apresentadas.

As universidades neozelandesas são todas públicas, mas não gratuitas. Em geral tem tamanho médio a pequeno (10.000 a 30.000 estudantes), são muito bem organizadas e bem qualificadas nas suas áreas de estudo. Todas estão classificadas entre as 500 melhores universidades do mundo. São universidades fortes em pesquisa, com bons programas de pós-graduação. Grande parte dos professores não são neozelandeses, mas de várias partes do mundo. Isso traz uma atmosfera cosmopolita e de tolerância social. Entre 15 e 20% dos alunos são estrangeiros.

The University of Waitako

lixeira com quatro opções de separação de lixo. Ao fundo, o prédio “Student Centre”, onde se localizam todos os espaços para os estudantes, de livraria e lanchonete ao “DCE”.

A primeira Universidade visitada, no dia 22 de agosto, sexta-feira, foi a Universidade de Waikato, em Hamilton. Foi fundada em 1962 a partir de um movimento local com forte influência da população nativa da Nova Zelândia, que tinha como reivindicação o estudo e a preservação da língua e cultura Maori. Em seu escudo está escrito “KO TE TANGATA”, que quer dizer “para o povo” em Maori. É uma Universidade com 12.500 estudantes, bem organizada e com um ótimo ambiente. Fomos recepcionados pelo vice-reitor e vários diretores. As áreas mais fortes são Ciências da Computação, Letras e Artes, sendo também fortes em Direito, Ciências Sociais, Serviço Social, Turismo Esportes, Oceanografia.

Foto: Lixeira com quatro opções de separação de lixo. Ao fundo, o prédio “Student Centre”, onde se localizam todos os espaços para os estudantes, de livraria e lanchonete.

Auckland University of Technology

A AUT está localizada em Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia. Como o próprio nome revela, é forte nas áreas tecnológicas, especialmente nas engenharias em áreas de ponta, como inteligência artificial. Tem também projeção as áreas de Ciência dos Alimentos, Ciências Ambientais, Ecologia Aplicada, Astronomia e Física.

O grupo das universidades brasileiras foi recebido por vários professores e diretores de faculdades da AUT, que assistiram as apresentações de cada universidade brasileira. Os alunos brasileiros que estão estudando na AUT foram encontrar a missão de universidades brasileiras. Lá o Prof. Pinheiro encontrou o estudante da Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC, Thiago De Liz Arcari. Posteriormente, o grupo foi levado a um “tour” por laboratórios e outras dependências da Universidade. Na entrada da Universidade, a bandeira brasileira estava hasteada junto com a da Nova Zelândia e da AUT.

University of Auckland

Do outro lado da rua, literalmente, está a University of Auckland (UA), considerada a melhor, maior e mais importante Universidade da Nova Zelândia. Tem 32.600 estudantes, cursos de graduação e pós-graduação nas mais diversas áreas do conhecimento – Artes, Letras, Ciências Sociais, Humanidades, Engenharias, Biológicas, Medicina e Ciências da Saúde, Direito, Arquitetura etc. Muitos professores da UA estiveram nas apresentações das universidades brasileiras na AUT.

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O grupo encontrou estudantes brasileiros e reuniu-se com um grupo de Estudos da América Latina, da Faculdade de Artes. Os professores neozelandeses demonstraram muito interesse em colaborações com o Brasil. Querem ensinar português para seus alunos na Nova Zelândia, mas não dispõem de pessoas para tal. Surgiu a ideia de “permutar” alunos de línguas das pós-graduações da UA com as universidades brasileiras. Os neozelandeses iriam ensinar inglês no Brasil, e nossos alunos iriam ensinar português na Nova Zelândia, em cursos de 3 a 4 meses. Na reunião com os professores na Faculdade de Artes, surgiu a ideia de um trabalho de pesquisa em conjunto sobre Timor Leste.

Foto: Prof. Pinheiro com a aluna de doutorado da UA, ex-Biologia/UFSC, Ninna Granucci, e seu orientador professor da UA, o brasileiro (ex-mestrado Bio/UFSC) radicado na Nova Zelândia, Silas Villas-Boas.

Texto: Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho – Secretário de Relações Internacionais