Secretário de Relações Internacionais representa UFSC em missão de universidades brasileiras na Nova Zelândia – Parte 3

16:49:24

Foto Embaixada Brasil: o Embaixador Eduardo Gradilone recebe delegação das Universidades Brasileiras (UFMG, UFPE, UFPR, UFRJ, UFSC, UNB, UNESP e UNICAMP) na Embaixada do Brasil em Wellington, Nova Zelândia.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), representada pelo Secretário de Relações Internacionais Prof. Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, participou de uma missão oficial de oito universidades brasileiras (UFMG, UFPE, UFPR, UFRJ, UFSC, UNB, UNESP, UNICAMP) a oito universidades neozelandesas, a convite do governo da Nova Zelândia.

Acesse aqui o relato da parte 2 da missão oficial à Nova Zelândia.

Parte 3

Nos dias 27, 28 e 29 de agosto voltamos da Ilha Norte (Te Ika-a-Māui, em Maori), para a cidade de Wellington, capital do país. Fomos muito bem recebidos na Embaixada Brasileira pelo Embaixador Eduardo Gradilone, que estima em 5.000 o número de brasileiros vivendo na Nova Zelândia, e que comentou sobre a crescente cooperação entre Brasil e Nova Zelândia. O Embaixador colocou a Embaixada à disposição para auxiliar as Universidades Brasileiras em projetos de cooperação acadêmica com as Universidades Neozelandesas.

Desde Wellington, tivemos a oportunidade de visitar a Victoria University, a Massey University em seus campus em Victoria e em Palmerston North, e o escritório da Universities New Zealand.

Foto Embaixada Brasil: o Embaixador Eduardo Gradilone recebe delegação das Universidades Brasileiras (UFMG, UFPE, UFPR, UFRJ, UFSC, UNB, UNESP e UNICAMP) na Embaixada do Brasil em Wellington, Nova Zelândia.

Foto Embaixada Brasil: o Embaixador Eduardo Gradilone recebe delegação das Universidades Brasileiras (UFMG, UFPE, UFPR, UFRJ, UFSC, UNB, UNESP e UNICAMP) na Embaixada do Brasil em Wellington, Nova Zelândia.

UNIVERSITY OF VICTORIA:

O prédio principal da Universidade tem mais de cem anos, mas a Universidade estabeleceu-se em 1897. É localizada em Wellington, tem cursos de graduação e pós-graduação em todas as áreas, exceto Agrárias e algumas engenharias, como a Mecânica. É a primeira Universidade da Nova Zelândia em pesquisa, com as áreas de Educação, Direito, Administração, Humanidades, Letras e Linguística, Arquitetura e Design e Ciências como áreas de excelência. A Universidade de Victoria tem um curso que estuda língua de sinais (Deaf Studies). Os representantes da UV se interessaram em colaborações com a UFSC nessa área, após obterem conhecimento de que a UFSC também possui curso em língua de sinais. A Nova Zelândia tem uma língua própria de sinais, e a UV é uma das poucas Universidades da Australasia que estuda o assunto.

A Universidade de Victoria possui 22.000 alunos e 3.000 alunos internacionais e no momento hospedam 20 alunos pelo programa Ciência sem Fronteiras. Encontramos duas alunas da UFSC realizando intercâmbio na UV pelo CsF, Kathlen Schneider, da Eng. Civil, e Tainah Lunge, da Oceanografia. Ambas estão bem acolhidas na Universidade.

Foto_Victoria

Foto Victoria: As alunas da UFSC Kathlen Schneider, da Eng. Civil, e Tainah Lunge, da Oceanografia, com LCPMF e um Professor da Universidade de Victoria.

THE MASSEY UNIVERSITY

A Universidade de Massey tem sua principal reputação na área das Agrárias, embora atue em várias outras áreas. Tem 32.449 alunos, dos quais 23.755 são alunos da graduação, e os restantes da pós-graduação. Do total, 3.859 são alunos internacionais, uma fonte de renda para as Universidades Neozelandesas. A Massey tem três campi, Wellington Campus, Albany Campus em Auclkand, e Manawatu Campus em Palmerston North. No campus de Wellington estão as áreas de Design e Artes Criativas, com um moderno prédio projetado para aguentar terremotos, onde também está localizado o Programa de Controle de Desastres, Riscos e Emergências Naturais. Em Wellington, a Massey ainda tem a Escola de Saúde Pública e de Enfermagem, e um Programa de Saúde Ambiental. No campus de Albany, em Auckland, ficam várias áreas, como Matemática, Ciências Naturais, Ciências da Informação, Nutrição, Jazz, Ciências dos Alimentos, e um moderno “e-centre” uma incubadora de negócios de alta tecnologia.

A parte das Agrárias está localizada no Campus de Manawatu, em Palmerston North, que é internacionalmente conhecida por seus trabalhos de pesquisa nas áreas de produção de leite, manejo de pastagens, solos e outros na área agrícola. Na área de Agricultura, a Massey está entre as melhores do mundo, no “top 3%”. O “College of Sciences”, onde estão as Agrárias e o qual é o mais renomado da Massey, fez uma mudança radical no final dos anos 90. Os departamentos não existem mais, e as faculdades foram substituídas por institutos. Os mais de 700 professores tiveram que escolher para qual Instituto iriam. Os Institutos são interdisciplinares, e servem aos cursos. O motivo de serem institutos foi de ter uma estrutura não departamental, interdisciplinar e cuja referência é o curso, a formação do aluno. O outro motivo foi de dar ênfase na pesquisa. Os Institutos são de “pesquisa-intensiva”, considerada fundamental na formação dos alunos.

 UNIVERSITIES NEW ZEALAND:

A “Universities New Zealand” reúne as oito Universidades neozelandesas e é diretamente vinculada ao Ministério da Educação. É o órgão que elabora a política do ensino superior no país, estabelece os critérios de qualidade, cursos e vagas. O interesse da UNZ pelo Brasil e em particular pelos alunos do Programa Ciência Sem Fronteiras é evidente. O ensino superior para alunos internacionais é uma importante fonte de renda para alguns países. Entretanto, há também uma grande preocupação de estabelecer contatos. Como disse o diretor do UNZ, Peter Bull, “We are a country formed by two small islands at the bottom of the world. Isolation is an issue for us and we know the importance of building relationships”.

Durante nossas visitas às Universidades Neozelandesas, os representantes das oito Universidades Brasileiras sempre deixaram muito claro o interesse por colaborações horizontais, com reciprocidade. Mostramos que nossas Universidades também tem áreas de excelência e que desejamos colaborações mútuas e recíprocas. Há expectativas de estabelecer cooperações positivas para ambos os lados, e agora é trabalhar para concretizá-las.