UFSC comemora 11 anos da restauração da independência do Timor-Leste

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Em comemoração aos 11 anos da restauração da independência do Timor-Leste, no dia 31 de outubro, será realizado um encontro para celebrar a presença timorense na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com 13 alunos matriculados, sendo dois na graduação e 11 na pós-graduação, a Universidade programou um evento multicultural, a partir das 9h, no auditório do Centro de Ciências da Educação (CED). O Encontro é aberto ao público e com direito a certificado de oito horas.

Haverá danças com trajes típicos, declamação de poesias, mostra de artesanato, canções, mesas-redondas, e outras atividades que valorizam esse país e seus estudantes. Durante o evento, está prevista uma exposição de fotos e uma apresentação artístico-cultural, mostrando um pouco da dança, da poesia, as referências e a gastronomia da cultura do Timor-Leste. Um debate sobre o processo da restauração da independência do país também será realizado, com a participação da professora Kelly Silva, da Universidade de Brasília (UnB). Além disso, haverá uma mesa-redonda, discutindo a participação do Brasil nessa Cooperação Internacional, com o professor Maurício Aurélio dos Santos, da Udesc.

Desde 2009, a UFSC é coordenadora acadêmica do Programa de Qualificação de Docentes e Língua Portuguesa gerido pela Capes, o qual envia 50 cooperantes todo ano para o Timor-Leste. Tal processo foi intermediado pelos professores Irlan von Linsingen (CTC), Suzani Cassiani (CED) e Silvia Inês C. C. de Vasconcelos (CCE), que fazem o acompanhamento dos professores brasileiros em seu trabalho no Timor, seja presencialmente a cada semestre, seja a distância via internet.

Depois de 400 anos de colonização portuguesa, esse pequeno país da Ásia foi invadido, em 1975, pela Indonésia e houve um período de mais de 20 anos em que um terço da população foi dizimada. Houve muita violência e tentativa de apagamento cultural. É reconhecido como um dos maiores genocídios da história.

“A Indonésia recorreu a todos os meios para dominar a resistência: calculam-se em 200 mil as vítimas de combates e chacinas; as forças policiais e militares usavam de forma sistemática e sem controle meios brutais de tortura, a população rural, nas áreas de mais disputa com a guerrilha, era encerrada em “aldeias de recolonização”, procedeu-se à esterilização forçada de mulheres timorenses.”

Em 1999 houve uma intervenção da ONU por conta desses desmandos e o povo timorense escolheu a Língua Portuguesa como língua oficial. Sem professores e a cidade queimada e destruída pelos indonésios, quem sabia algo de português virou professor. Nesse sentido, atualmente o Timor luta pela construção de sua identidade e veem na educação um grande caminho para o desenvolvimento.

O evento tem apoio do grupo Discursos da Ciência e da Tecnologia na Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica (PPGECT), da Capes, da Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) e da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg) da UFSC.

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