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Rede Andifes-IsF publica artigo sobre A Rede Idiomas sem Fronteiras no Brasil na revista Relatório Mundial de Humanidades

12:29:07

Fonte: Relatório Mundial de Humanidades

A Rede Andifes disponibilizou em seu site o artigo “A Rede Idiomas sem Fronteiras no Brasil”, do original The Languages without Borders Network in Brazil,  publicado na revista Relatório Mundial de Humanidades ou The World Humanities Report. A publicação pode ser lida em sete idiomas, sendo eles alemão, espanhol, francês, inglês (original) italiano, japonês e português. O objetivo é conhecer mais sobre a rede Andifes Idiomas sem Fronteiras a partir da atuação do IsF no Brasil, da ligação com o antigo programa Ciências Sem Fronteiras, das suas implicações no contexto educacional brasileiro, da sua estrutura e da estrutura do Núcleo Gestor, e da transição de administração do Governo Federal para a Andifes.

De modo geral, o Relatório Mundial de Humanidades é resultado do Projeto do Consórcio de Centros e Institutos de Humanidades (CHCI) em colaboração com o Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas (CIPSH). O documento em português teve como autores, além da própria Rede Andifes-IsF, Denise Abreu-e-Lima da Universidade Federal de São Carlos e Waldenor B. Moraes Filho da Universidade Federal de Uberlândia. 

A Rede IsF no Brasil

Conforme apresenta o documento, Rede Idiomas sem Fronteiras surgiu no Brasil como uma estratégia política e de regulamentação nacional que acompanha as ações adotadas pelas universidades do Hemisfério Sul no processo de internacionalização do ensino superior. Uma das iniciativas brasileiras mais importantes neste contexto foi a criação do programa Ciências Sem Fronteiras (CSF), apoiado tanto pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) quanto pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O programa recebeu críticas, principalmente relacionadas à limitação das ações voltadas à tecnologia e à inovação, que considerava os cursos das áreas de Exatas, Tecnológicas e Medicina, excluindo as humanidades e ciências sociais. O trecho do documento destaca que O programa pretendia internacionalizar a pesquisa brasileira, mas é impossível abordar a internacionalização sem considerar a língua como base para a comunicação entre as pessoas e o papel central da educação linguística”. Com isso, em decorrência da necessidade linguística e de proficiência da comunidade para aplicar para as bolsas do CSF, surgiu o Idiomas sem Fronteiras (IsF), como alternativa para suplementar o ensino de línguas estrangeiras no Brasil.  

Inicialmente fora lançado pelo Governo Federal, assistido pelos reitores das universidades federais, o programa Inglês sem Fronteiras, a partir de cursos online auto-instrucionais, testes gratuitos de proficiência TOEFL ITP e cursos presenciais em universidades federais. A mudança de nome do programa e sua expansão que passou de um para sete idiomas (alemão, francês, espanhol, italiano, japonês  e português para estrangeiros) aconteceu em 2014, ofertando as mesmas iniciativas e contando com alguns subsídios de parceiros internacionais. O principal propósito deste programa, em conjunto com a mudança de mentalidade para reconhecimento da importância das humanidades e com a busca pela valorização de profissionais de língua e do ensino de línguas, foi o de fornecer uma educação crítica sobre metodologias práticas e que pudesse ajudar a preparar crianças e adolescentes para a vida, para o mercado de trabalho ou para a educação pós-secundária.

Principais contribuições do IsF

As principais contribuições do IsF no que se refere a sua atuação no Brasil diz respeito às áreas de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, formação de professores, pesquisa em Linguística Aplicada e valorização de profissionais das humanidades nos processos de internacionalização. Ademais, as instituições públicas de ensino superior passaram a planejar outras iniciativas de internacionalização e a buscar a participação em outros programas de internacionalização promovidos pelo Governo Federal. Na época, o programa foi reconhecido internacionalmente por seus impactos nas políticas públicas, recebendo os prêmios Distinguished Hubert H. Humphrey Leadership Award da Embaixada dos EUA no Brasil em 2016 e o Noble Partnership Award da Embaixada do Canadá em 2017 pela gestão das ações realizadas nacionalmente e que tiveram impacto internacional. 

A transição de “programa” para “rede” Andifes

Inicialmente o IsF foi amparado por um Núcleo Gestor competente, vinculado ao Ministério da Educação na Secretaria de Educação Superior responsável pela organização das diretrizes do programa, elaboração dos editais para inscrição nos cursos, reuniões com parceiros internacionais e disponibilização dos cursos, desde a etapa de criação até a certificação final. Além disso, com o objetivo de gerar maior visibilidade de suas atividades e do fluxo de informações, a equipe de tecnologia da informação do Ministério da Educação desenvolveu um sistema de gestão online, o qual compreende atividades importantes do programa, como a inscrição para testes e cursos, disponibilização de cursos presenciais, gestão das salas, monitoramento das atividades, além da emissão das certificações. 

Em 2018, após seis anos buscando continuar o fortalecimento dos processos de internacionalização das instituições federais de ensino superior, o IsF foi desvinculado do Governo Federal pelo Núcleo Gestor e passou a ser vinculado a uma organização não governamental: a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). A partir de 2019, a gestão preocupou-se em organizar as iniciativas para abordar questões como a desigualdade entre idiomas e para isentar-se das interrupções frequentes na liderança que provinham das influências diretas do governo e de suas mudanças políticas. Essa transição enfatiza a mudança de “programa” para “rede” promovida pela Andifes-IsF que coloca em prática o conceito fundamental do “sem fronteiras” sejam elas institucionais, de campus, de cidade, de estado ou de país e, assim, construir uma cidadania global mais tolerante, solidária e humana, desempenhando um papel crucial da internacionalização das instituições públicas de ensino superior no Brasil. 

Outras informações

O documento detalha outras informações essenciais para compreensão dessa transição, como é o caso das ações realizadas e da progressão dos investimentos e da adoção de medidas fortalecedoras das ações linguísticas no Brasil, especificando as estruturas de gestão, os resultados quantitativos dos investimentos e apresentando outras consequências qualitativas e relevantes nesses anos de implementação e nos períodos posteriores. O artigo disponibilizado nas sete línguas pode ser conferido aqui.

Tags: AndifesIdiomasRede Andifes IsFRelatório Mundial de HumanidadesThe Language without Borders Network in BrazilThe World Humanities Report
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