Estudantes da UFSC são selecionados para a Shanghai Summer School 2025 na China

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Quatro estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram selecionados para participar da Escola de Verão 2025 – Shanghai Summer School, realizada entre os dias 7 e 24 de julho na Shanghai University of Electric Power (SUEP), uma das principais instituições chinesas na área de energia e inovação tecnológica. A seleção foi promovida pela Secretaria de Relações Internacionais (SINTER), em parceria com o Instituto de Estudos sobre a China (ICHIN) da UFSC e a SUEP.

Os estudantes selecionados são vinculados ao Centro Tecnológico (CTC) da UFSC: Fernanda Paiva de Morais e Lucas Ferreira da Rosa, ambos de Engenharia Elétrica; Guilherme Fidelis Peixer, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica; e Guilherme Breda Fatalla, de Engenharia de Materiais.

A SINTER teve contato com dois dos quatro estudantes selecionados — Fernanda Paiva de Morais e Guilherme Fidelis Peixer — que relataram suas experiências durante o programa.

A estudante Fernanda Paiva de Morais participou do programa “Shanghai Summer School 2025 – Intelligent Energy & Power Innovation: Artificial Intelligence Enabling Energy Sustainable Development Practice”, ao longo de três semanas. O programa, segundo ela, contou com a presença de cerca de 25 estudantes de diferentes nacionalidades, representando 10 países. Durante o intercâmbio, a estudante participou de diversas atividades, incluindo palestras, workshops, aulas expositivas e seminários, pautados na temática de energia sustentável, inteligência artificial e inovação no setor elétrico. Ademais, teve a oportunidade de realizar visitas a centros de pesquisa e de inovação, além de uma gama de experiência culturais, essenciais para garantir as trocas interculturais.  

Como ponto alto da experiência, destaca sua participação em uma competição estratégica internacional, promovida ao longo do programa, em que conquistou o primeiro lugar! Na ocasião, os desafios da competição exigiram tomadas de decisão em um mercado energético competitivo, com foco em sustentabilidade, inovação e resultados de negócio. Por fim, ela sintetiza a conquista em três pontos: trabalho em equipe, visão analítica e capacidade de adaptação em um contexto multicultural. 

“Essa foi minha primeira experiência internacional e marcou profundamente meu crescimento acadêmico, pessoal e profissional. Pude ampliar minha visão sobre os desafios e as soluções energéticas adotadas em âmbito global”, afirma.

A estudante de Engenharia Elétrica, Fernanda Paiva de Morais, foi a selecionada do cadastro PRAE e pôde receber o auxílio para as passagens aéreas internacionais de ida e volta. As passagens foram cofinanciadas pela SINTER em parceria com o CTC.

Já o doutorando Guilherme Fidelis Peixer também conquistou resultados expressivos. Ele venceu a 2025 Belt and Road International Speech Competition e na  7th Belt and Road International Energy and Electricity Market Business Decision and Simulation Competition, sua equipe ficou empatada em segundo lugar.

“Os cursos, palestras e visitas técnicas foram extremamente enriquecedores. Tivemos contato com temas como Smart Energy, caminhos para um futuro neutro em carbono, aplicações de Big Data e Inteligência Artificial em sistemas de energia e robôs inteligentes. Nas visitas técnicas tivemos a oportunidade de ir em empresas e em universidades como a Shanghai University of Electric Power nos campus de Lingang e Yangpu, e a Fudan University”, relata. Essa foi a primeira vez que o estudante teve contato com a cultura chinesa e com estudos relacionados à China. 

Apresentação de Guilherme Fidelis Peixer.

Acerca do processo de candidatura, Guilherme disse que os maiores desafios foram o prazo e a confecção dos documentos requeridos, de maneira adequada, dada a alta concorrência que o candidato esperava encontrar. Foram registrados 47 candidatos para a Chamada, sendo 9 da graduação com cadastro PRAE aprovado, 26 da graduação 2 12 de pós-graduação para as vagas de concorrência geral.

Ao ser questionado sobre qual conselho daria a outros estudantes da UFSC interessados em participar de programas de mobilidade internacional, Guilherme afirmou: “Aproveitar ao máximo todas as oportunidades que a Universidade oferece, com segurança da formação de nível mundial oferecida pela UFSC”. 

Para a SINTER, o impacto de iniciativas como essa vai além da experiência individual dos selecionados, fortalecendo o ambiente acadêmico da UFSC como um todo. Como destaca a estudante Fernanda, os estudantes internacionalizados retornam com o papel de multiplicadores:— ao retornarem, os estudantes internacionalizados não apenas ampliam suas próprias perspectivas acadêmicas e profissionais, como também atuam como agentes multiplicadores dentro das universidades, compartilhando conhecimentos e experiências. Dessa forma, investir em internacionalização não é apenas promover a mobilidade individual, mas também fortalecer o ambiente educacional e científico como um todo”, conclui Fernanda. 

A participação dos quatro estudantes na Shanghai Summer School 2025 reforça a inserção internacional da UFSC e amplia as possibilidades de cooperação acadêmica em áreas estratégicas, como energia sustentável, inovação e inteligência artificial.

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