UFSC participa da LXXXIV sessão do Conselho de Reitores da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM) no Chile

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Nos dias 27 e 28 de novembro, a Universidade de Valparaíso, no Chile, foi palco da LXXXIV sessão do Conselho de Reitores da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM). O evento contou com a participação de representantes de diversas instituições de ensino superior da América Latina, promovendo debates sobre questões cruciais para o futuro da educação na região. No evento, o Secretário de Relações Internacionais Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho foi quem representou a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Participantes da LXXXIV Reunião do Conselho de Reitores da AUGM na Universidad de Valparaíso, Chile.

A abertura do evento ocorreu na segunda-feira, com um seminário intitulado “Universidade, Sociedade e Estado: Rumo a Novos Desafios para a Educação Pública no Caminho para a CRES +5”. O Ministro da Ciência, Tecnologia, Conhecimento e Inovação do Chile, Aisén Etcheverry, inaugurou o seminário. Em seguida, uma mesa redonda sobre “O papel da ciência e da tecnologia nos desafios do ensino superior latino-americano” reuniu renomados painelistas, incluindo Rodrigo Arim, Reitor da Universidade da República no Uruguai, e Esther Sánchez, Reitora da Universidade Nacional de Cuyo, na Argentina. A tarde foi marcada pelo seminário “Universidade, Memória e Direitos Humanos”, com a participação do Ministro da Justiça e Direitos Humanos do Chile, Luis Cordero, como palestrante convidado. Uma mesa redonda seguiu-se à conferência, moderada por Inés Robles, representante da UV na Cátedra de Direitos Humanos da AUGM.

A terça-feira foi dedicada à sessão de trabalho do Conselho de Reitores. Entre os temas destacados estavam o programa de mobilidade com o CNPq e a CAPES, além da Conferência Regional de Ensino Superior +5. Durante a reunião, o presidente da AUGM, Osvaldo Corrales, ressaltou a importância das universidades públicas na defesa da educação como direito humano e social. “É por isso que vemos com especial preocupação o surgimento de uma concepção mercantilista da educação, que a concebe como um bem de consumo e que tem andado de mãos dadas com políticas que têm incentivado sua privatização”, disse ele.  O presidente também afirma que esse é um problema que não diz respeito apenas às universidades públicas, mas à sociedade como um todo.

A reunião ocorreu em um contexto de incerteza global, com Corrales mencionando desafios como a crise climática e as ameaças de conflitos armados globais. Ele enfatizou o papel das universidades na promoção do pensamento crítico e na busca de soluções para os desafios contemporâneos. A AUGM reiterou a convicção de que as universidades públicas desempenham um papel fundamental na promoção de oportunidades iguais para todos os cidadãos. O evento encerrou-se com a promessa de continuar a defesa da educação pública na América Latina e a busca por soluções para os desafios globais por meio da colaboração entre as instituições de ensino superior da região.

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