UFSC realiza primeira Semana Internacional com debates sobre internacionalização acadêmica e novas parcerias

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Abertura oficial da I Semana Internacional foi realizada no auditório do CCS. Foto: Andrey Santiago/Agecom/UFSC

A primeira edição da Semana Internacional da UFSC teve início nesta segunda-feira, 21 de outubro, com o debate de temas relacionados à internacionalização da educação superior e acerca da necessidade do fortalecimento de parcerias acadêmicas. Organizado pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG), a Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) e a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesq), o evento oferece uma programação composta por painéis, conferências, mesas-redondas e outras atividades voltadas ao compartilhamento de experiências de internacionalização.

As atividades previstas começaram ainda pela manhã, e a solenidade de abertura foi realizada na noite desta segunda, no auditório do Centro de Ciências da Saúde (CCS), no Campus da Trindade, em Florianópolis. A cerimônia contou com a presença do reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; do pró-reitor de Pós-Graduação, Werner Kraus Jr.; do secretário de Relações Internacionais, Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho; do pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick; do diretor de Relações Internacionais da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Rui Vicente Oppermann; e do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Sérgio Henrique Pezzin.

Assista à solenidade de abertura da Semana

Coordenador da I Semana Internacional da UFSC, o professor Werner Kraus destacou a “intensa agenda de atividades” dos cinco dias de evento. Além da realização de uma conferência e três painéis principais, o pró-reitor ressaltou o número de trabalhos inscritos para a programação paralela (cerca de 50 apresentações, sendo a maioria delas vinculada ao Programa Capes-PrInt). “Será uma semana muito rica. Tenho certeza de que todos sairemos bastante satisfeitos com o que será discutido e com o horizonte que se descortinará à nossa frente”, afirmou Werner.

Por sua vez, o secretário Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, da Sinter, afirmou que a implementação da política de internacionalização da UFSC tem sido alicerçada em princípios básicos, como a reciprocidade, a excelência acadêmica, a solidariedade e a diversidade. Em sua fala, salientou também que este processo deve envolver toda a comunidade universitária, abrangendo docentes, estudantes, e técnicos-administrativos em Educação (TAEs).

O professor Sérgio Pezzin, que representou a Reitoria da Udesc na ocasião, defendeu uma ação mais próxima entre ambas as universidades, com o objetivo de ampliar as parcerias acadêmicas e estreitar as relações entre as instituições. “A UFSC é uma parceiro importantíssimo para a Udesc, assim como a Udesc é para a UFSC. Temos muitas áreas complementares e nas quais podemos, em conjunto, sermos mais fortes, fortalecendo nosso trabalho e trabalhando em rede”, disse.

O reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, reforçou que a internacionalização da Universidade deve ocorrer de maneira transversal, envolvendo a graduação, a pós-graduação, a pesquisa e a extensão. “Tenho certeza de que a Semana vai abrir caminho para discussões importantes para a nossa Universidade. Apesar das dificuldades orçamentárias, temos a perspectiva de novos momentos, de diálogo, de ampliar o conhecimento e de fazer com que a Universidade seja realmente o fator motivador de uma nova sociedade, nacional e internacionalmente”, declarou Irineu.

Logo após a sessão, o diretor de Relações Internacionais da Capes, Rui Oppermann, fez uma apresentação sobre as atividades da Fundação. Destacou que “a internacionalização está no DNA da CAPES”, uma vez que as primeiras atividades desenvolvidas no órgão foram programas de aperfeiçoamento de docentes em países como França, Estados Unidos e Inglaterra. Opperman apresentou também um retrato da Pós-Graduação stricto sensu no Brasil. Conforme dados de 2022, o país possui hoje 4.592 programas de pós-graduação, com 7.027 cursos, distribuídos em 425 instituições, sendo 49% delas públicas e 33% pertencentes à rede federal.

A principal distribuidora de bolsas no Brasil é a Capes, responsável pelo financiamento de 79% do total. Atualmente, a Coordenação mantém 47.187 bolsas de mestrado e 52.895 de doutorado. Em seguida, aparece o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com somente 8% do total: 4.310 bolsas de mestrado e 6.097 de doutorado.

Na sequência, o professor André Brasil, da Universidade de Leiden, na Holanda, falou sobre os métodos de avaliação no âmbito da internacionalização. Também afiliado à Capes, André é pesquisador do Centre for Science and Technology Studies (CSTS) e membro da Cátedra Unesco de Diversidade e Inclusão na Ciência Global. Sua pesquisa se concentra sistemas nacionais de avaliação, cienciometria, publicação acadêmica, ciência aberta, pesquisa e inovação responsáveis (RRI) e diversidade na ciência, especialmente no que diz respeito ao multilinguismo e inclusão geográfica.

Ao longo da semana, a programação esteve repleta de atividades complementares — propostas pela própria comunidade da UFSC — e de palestras sobre a internacionalização no Ensino Superior, com a participação de autoridades e docentes da UFSC, além de convidados de instituições do exterior e profissionais relacionados à Internacionalização.

A I Semana Internacional da UFSC encerra-se nesta sexta-feira (25 de outubro).

Assista às transmissões pelo canal UFSC Internacional no YouTube

Mais informações em sinter.ufsc.br/semanainternacional.

Reprodução da Agência de Comunicação da UFSC, com complemento realizado pela Secretaria de Relações Internacionais (SINTER/UFSC)

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